A moldagem odontológica tem como objetivo fazer um modelo da arcada dentária do paciente. Esse molde será usado para o planejamento de diversos tratamentos, como implantes, cuidados ortodônticos e para a confecção de próteses, aparelhos dentários ortodônticos, entre outros. Mesmo sendo um procedimento simples e indolor, pode causar um grande desconforto no paciente, especialmente para pessoas sensíveis, o que exige uma atenção mais cuidadosa do dentista.
Uma boa moldagem requer um bom conhecimento da técnica de manuseio dos materiais utilizados — é preciso alcançar uma textura adequada da massa de moldagem — e também das moldeiras que serão utilizadas. Há peças prontas de vários tamanhos e outras personalizadas, que se adaptam à boca de pacientes de diferentes idades e características físicas.
Tipos de moldagem odontológica
Existem dois tipos de moldagem odontológica, o digital e o tradicional. Não há consenso sobre qual deles é o melhor, no entanto, há situações em que a indicação de um ou outro método pode ser mais adequada para o caso clínico, ou mesmo para a estrutura do consultório, em relação ao custo-benefício tanto para o dentista quanto para o paciente.
Moldagem odontológica digital
Nesse método é utilizado um scanner odontológico para fazer a moldagem da boca do paciente por meio de um aparelho intraoral que envia as imagens diretamente para o computador. Em seguida, é feita a impressão do molde em uma impressora 3D. A moldagem odontológica digital é mais rápida e menos desconfortável para o paciente, tendo como principais vantagens a agilidade e uma maior precisão do modelo, permitindo próteses mais similares à dentição natural.
Moldagem odontológica tradicional
É a mais usada nos consultórios, feita manualmente com o manuseio de materiais de moldagem que precisam ser bem preparados e aplicados corretamente para se conseguir fazer o molde o mais fiel possível. Na moldagem tradicional, o material utilizado deve entrar nos sulcos dentários para fazer uma reprodução exata dos dentes, do osso basal, dos tecidos vizinhos e das ausências dentárias. Com isso, é possível fazer um planejamento adequado do tratamento e confeccionar próteses personalizadas.

Materiais usados na moldagem odontológica
São três os materiais de moldagem mais utilizados: alginato, godiva e silicone. Todos eles permitem fazer uma boa moldagem, mas trazem particularidades que podem ser vantajosas ou não para o seu consultório. Conheça melhor cada um deles.
Alginato
O alginato é um material de menor custo e de fácil manipulação. Permite uma boa fidelidade de cópia da arcada e demais tecidos, oferecendo menos deformações dos tecidos de revestimento. Apesar da facilidade de manuseio, é um material que requer alguns cuidados, pois é muito fluido, o que dificulta o afastamento dos tecidos moles. Isso exige uma maior precisão da consistência para conseguir o resultado esperado.
Além disso, o alginato sofre compressão pela moldeira. Com isso, é preciso que o vazamento seja feito imediatamente, pois ele não tem estabilidade e, por esse motivo, ele acaba absorvendo ou perdendo umidade rapidamente.
Godiva
A godiva é feita a base de resinas termoplásticas, o que traz vantagens como a possibilidade de remover a moldeira a todo instante para verificar o processo de moldagem e permitir correções. Tem um ótimo desempenho no afastamento dos tecidos moles, permitindo um molde mais preciso, além de se adaptar a várias moldeiras diferentes.
Esse material tem um manuseio mais difícil, pois exige o uso de um equipamento chamado plastificador de godiva — que pode elevar o custo — necessário para manter a água na temperatura entre 55ºC e 60ºC. É mais denso, rígido e pesado, o que pode provocar um afastamento maior que o desejado dos tecidos circundantes.
Silicone
Material elástico e não aquoso, a moldagem de silicone é mais indicada em grandes alterações ósseas. Sua elasticidade reduz as distorções a quase zero, tendo uma excelente estabilidade, permitindo cópias muito fiéis da arcada e dos tecidos. É um material de custo mais elevado e sua manipulação deve ser feita sem luvas de látex, pois o enxofre presente nas luvas inibe a polimerização. O silicone tem menor flexibilidade, o que dificulta sua retirada da boca do paciente.
Moldeiras
A escolha da moldeira adequada para o arco do paciente e para o material de moldagem que será utilizado é essencial para a obtenção de um molde mais preciso. Há dois tipos de moldeiras mais usadas:
- moldeiras de estoque — vendidas em tamanhos padrões, geralmente feitas em metal, podendo ser lisas ou perfuradas. São mais indicadas para restaurações de dentes unitários, pois podem oferecer maior distorção em pacientes com mais dentes faltantes, por não serem personalizadas;
- moldeiras individuais — garantem mais precisão ao molde porque são confeccionadas de forma personalizada para cada paciente, fazendo um modelo mais preciso da arcada e dos tecidos vizinhos.
A precisão e reprodução dos detalhes na moldagem são cruciais para determinar a precisão de adaptação e qualidade estética de um trabalho protético. Portanto quanto maior a qualidade e a precisão da moldagem, melhor será o resultado final das próteses dental.
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